terça-feira, 29 de junho de 2021

 A ZONA DOS CAPUCHOS NOS FINAIS DO SÉCULO XIX

Foto da zona onde hoje se localiza o bairro dos Capuchos. Nessa data, há pouco há mais de 100 anos toda essa zona era ocupada por uma quinta murada na parte do monte, terrenos arborizados nas laterais e as edificações relevantes eram os antigos edifícios do Convento de Santo António dos Capuchos, já desactivado e utilizado para hospital militar. Os terrenos adjacentes eram ocupadas por matos e terrenos agrícolas e a estrada da Marinha Grande (que se denominava Rua dos Mártyres desde 1877) estabelecia a fronteira da zona.
A urbanização da zona dos Capuchos iniciou-se com a construção de prédios laterais à estrada e acelerou-se em 1960 com a urbanização do Bairro dos Capuchos.
Hoje está densamente ocupada e urbanizada. Procurei uma foto panorâmica actualizada com a mesma prespectiva mas não a encontrei. SE alguém tiver uma para comparar a vista e enriquecer a informação poderá acrescentá-la.



 IGREJA DE S FRANCISCO ( II)

Em complemento do post com o video da RTP2 feito aquando da remodelação em 1992 .
A igreja foi inaugurada em 1562, segundo inscrição no local. Tanto o convento como a igreja sofreram remodelações nos finais do século XVIII.
O Convento foi cedido em 1921 a um grupo de empresas que aí instalaram a Companhia Leiriense de Moagem, acabando por modificar o convento sob projecto de Ernesto Korrodi - a fachada do convento foi totalmente alterada, restando dele apenas os claustros.
Já a igreja foi encerrada em 1950, e perante o estado avançado de degradação esta sofre obras de restauro em 1992, dirigidas pelo arquitecto João Roda, que trazem à luz raros e belos frescos quatrocentistas, ocultados durante séculos por reboco.
A igreja tem uma fachada simples com uma galilé renascentista, muito detalhada, duas janelas e um nicho com a imagem do santo. O interior é constituído por uma única nave, com cobertura de madeira e altares quinhentistas. Anexo ao coro encontra-se a capela da Ordem Terceira, construída em 1719 que fazia ligação ao convento.
Actualmente a igreja encontra-se aberta, pelo que para além de ser um local de culto nela também se realizam vários eventos culturais (exposições, concertos, etc.).
As fotos contém informação do conteúdo sendo as nº 3 e 4 referente a gravuras parciais dos frescos recuperados e restaurados na intervenção de 1992, das quais existem mais numa colecção tipo postais editada pelo arquivo de Leiria.








sábado, 26 de junho de 2021

 IGREJA DA PENA (ou PENHA)

Situada no interior da 1ª muralha do castelo de Leiria, a Igreja de Nossa Senhora da Pena, ou da Penha, simboliza a memória medieval da cidade.
No local, D. Afonso Henriques mandou construir uma capela quando conquistou a cidade aos mouros, em 1135.
Dois séculos depois, surgiu um novo templo por ordem de D. Dinis. D. João I, em finais do séc. XIV, e D. Manuel, em princípios do séc. XVI, foram os responsáveis pelo enriquecimento decorativo que enobreceu a igreja.
Estruturalmente é um edifício assumidamente gótico. A decoração revela a influência da escola de escultura do Mosteiro da Batalha, revelando o tempo da sua reconstrução (séc. XIV/XV) .








terça-feira, 22 de junho de 2021

ANTIGA CASA ERNESTO KORRODI

 Entrada da antiga casa onde residiu Ernesto Korrodi e também por ele desenhada em foto de 2012 de Luís Amaral. A foto tem um precioso enquadramento da vista da sua obra maior que foi o estudo e projecto para a reconstrução do Castelo de Leiria. A casa encontra-se actualmente em degradação acentuada e apareceu um projecto que a pretende incorporar num estabelecimento hoteleiro que aproveita o antigo Hotel Lis, a encosta e a própria casa. Um projecto com uma volumetria excessiva e que acabará por ter o aval da câmara por razões que quem conhece perceberá.



sábado, 19 de junho de 2021

 DESENHO DE ERNESTO LUÍS em 1971.

A vista da entrada e da Praça Rodrigues Lobo em 1971 em desenho a tinta da china.
Uma pequena obra de arte com o enquadramento visual certo, os edifícios bem definidos e a riqueza de pormenores das viaturas. dos telhados, das lojas e com realce para as portas, janelas e varandas em formas bem definidas de traço fino e rigoroso.
O pormenor da viatura LC-33-17 (talvez um Simca), a loja de pronto a vestir "NOGUEIRA" com os manequins na montra, a "SINGER" , o OCULISTA e a PAPELARIA DA MODA.
Quem copiar a fotografia para o ambiente de trabalho pode verificar melhor o detalhe e rigor dos pormenores (usar uma lupa) e verificará que cada traço está no local certo para caracterizar a realidade do local.
E enquanto ao nível do solo a vida decorre sem agitação no 1º andar da varanda do lado direito um residente aprecia a vista.
Será que observa o próprio Ernesto Luís a fazer este desenho?



sábado, 12 de junho de 2021

 A FONTE LUMINOSA NA PRAÇA GOA, DAMÃO E DIU

A 22 de Maio de 1973, em dia da cidade, foi inaugurada a fonte luminosa pela altas individualidades municipais.
A fonte foi considerada, na época, uma obra modernista e inovadora e pela conjugação harmoniosa num equipamento público, do lazer, da tradição e da arte.
Além disso era dotada de jogos de jactos de água e de luz colorida, que criavam um espetáculo visual muito apreciado.
No tanque inicial ressalta um conjunto escultórico da autoria do Mestre escultor Lagoa Henriques, alusivo à lenda do Lis e do Lena que nos releva para a fertilidade das terras Leirienses, ambiente bucólico dos arvoredos que ladeiam as margens e que finaliza com o "casamento" dos 2 para seguirem num só rio.
O jogo de luzes e de água é hoje bem diferente do inicial assim como a zona envolvente , como atestam as imagens.
Foto 1 - Inauguração da fonte luminosa em 1973.
Foto 2 - A fonte após a sua inauguração ainda nos anos 70.
Foto 3 - A fonte no sáculo XXI.





quinta-feira, 10 de junho de 2021

ARCOS ANTIGOS DE LEIRIA (4)
Este é o 4º arco aqui postado ainda existente na baixa histórica.
A Casa do Arco no nº 14 da Rua Afonso de Albuquerque.
A casa do arco foi projectada por Ernesto Korrodi e edificada em 1912/15. O arco cria uma divisão adicional que aumenta a área habitacional dum dos edifícios ou para fazer também a ligação entre dois edifícios na mesma rua.
Os arcos são uma tradição arquitectônica antiga, pelo que por todo o centro histórico podemos ver várias aplicações dos arcos, 4 deles aqui mencionados. Alguns conhecidos e presentes em imagens antigas foram demolidos, os Arco de Santana e de S. Martinho.
Mesmo assim este será o único construído com Arte Nova, como se pode ver com os azulejos, os vidros e a galeria envidraçada, inspirada no Castelo de Leiria.
Nesse local existiu o hospital e Casa da Misericórdia. Ao lado ficava a Judiaria, e era essa a rua que dava aos banhos públicos hebraicos.
Foto 1 - Imagem antiga do arco da Rua Afonso de Albuquerque.
Foto 2 - Vista do arco em direcção à Praça Rodrigues Lobo.
Foto 3 - Vista do arco da Praça Rodrigues Lobo.
4 - Imagem da divisão acrescentada pelo arco.
5 - Imagem do bloco de janelas, suportes de pedra e azulejos identificados com o conceiro arquitectônico da "arte nova".
 







terça-feira, 8 de junho de 2021

 A QUEDA DE ÁGUA DO AÇUDE DO ARRABALDE

É o último açude e queda de água do rio Lis no percurso urbano de Leiria.
Não tem a beleza e poesia das quedas de água dos Caniços, mas teve em época anterior, um papel importante na captação e canalização de águas para as regas nos terrenos adjacentes.
Toda esta várzea foi um quintal de produtos hortícolas, leguminosas e batatas cultivados por pessoas dos arredores, uma parte para autoconsumo familiar e outra para revenda nos mercados.





terça-feira, 1 de junho de 2021

 O RIO LIS NAS TRASEIRAS DA IGREJA S FRANCISCO NO PRINCÍPIO DO SEC.XX

Duas interessantes fotos antigas que mostram um rio Lis de águas escassas onde alguns leirienses foram retratados nas suas fainas ou passagem.
O local é o leito a seguir ao actual açude na zona da fonte quente com as margens preenchidas de vegetação, arbustos e árvores.
Também uns curiosos muretes de madeira que não descortino para que serviriam.
Nas fotos a ponte de ferro ao fundo à direita, deveria ligar a zona de S Francisco aos terrenos do actual Bairro da quinta de Santo António. nos quais se nota uma ligeira elevação que hoje está disfarçada pela construção em altura da margem direita.
Na foto 2 aparece o caminho de terra batida, que perdurou assim durante a 1ª metade do século XX e hoje existe como estrada alcatroada.
Na excitação da tomada das fotos um cidadão que passava de bicicleta foi retratado apeado a tentar perceber o que se passava por ali.





 FOTOS ANTIGAS DA PRAIA DO PEDROGÃO (3)

Foto 1 -Vista da rua marginal na direcção sul em dia movimentado na década de 60..

Foto 2 - Vista do parque de campismo nos seus primórdios.








 FOTOS ANTIGAS DA PRAIA DO PEDROGÃO (2)

Foto 1 -Praia do Pedrogão movimentada em dia de bandeira vermelha.
Foto 2 - Barcos preparados para o mar e aglomeração de banhistas para aproveitar a zona de rebentação, em dia de mar calmo.




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