sábado, 18 de setembro de 2021

 A PRAÇA DESDE O SÉCULO XII.

DA PRAÇA DE S. MARTINHO À PRAÇA RODRIGUES LOBO (1877)
No século XIII, a Praça Rodrigues Lobo, denominada deste modo a partir de 1877, tinha uma forma muito diferente da que conhecemos hoje em dia.
Na época, chamava-se Praça de São Martinho por nela se encontrar a Igreja de São Martinho, construída no séc. XII.
Em 1383, na Praça de São Martinho, entre a Rua Direita e a de São Francisco, existia o Moinho de Mancebia, que em 1400 foi transformado em Moinho de Azeite e que era propriedade do Rei. Perto deste moinho, encontravam-se os banhos públicos, situados no largo dos Banhos (freguesia de São Martinho) junto à judiaria e outros lagares de azeite.
A Casa da Câmara, a Cadeia, o Pelourinho e o Paço dos Tabeliães situavam-se frente à Igreja de São Martinho. O Rio Lis passava junto à Igreja de São Martinho, fazendo um ângulo reto para norte, mas tendo em conta as pressões por parte dos procuradores da cidade, foi realizado, entre 1699 e 1702, um desvio do leito do rio para evitar as cheias frequentes que decorriam na cidade e que devastavam as culturas e bens dos habitantes, e também comprometia a saúde pública.
O espaço frente à igreja, que em tempos teria sido uma necrópole, transformou-se num ponto central de comércio e, consequentemente, passou a atrair novos habitantes, em particular famílias nobres.
Com a criação do episcopado de Leiria, D. Frei Brás de Barros, primeiro bispo de Leiria acordou com a cidade uma troca de terrenos. A cidade cedeu os paços que serviam de Câmara, junto da Igreja de São Pedro, e a igreja cedeu parte do rossio e o assento da Igreja de São Martinho. A Igreja de São Martinho foi demolida para construir uma praça.
Deste modo, após 1546, com o surgimento desta nova Praça, o espaço urbano sofreu uma alteração, verificando-se um aumento da população nesta área, por ali se passaram a realizar as mais importantes feiras e mercados e a partir do século XIX se fixaram espaços fixos de comércio especializado.






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