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sábado, 12 de junho de 2021

 A FONTE LUMINOSA NA PRAÇA GOA, DAMÃO E DIU

A 22 de Maio de 1973, em dia da cidade, foi inaugurada a fonte luminosa pela altas individualidades municipais.
A fonte foi considerada, na época, uma obra modernista e inovadora e pela conjugação harmoniosa num equipamento público, do lazer, da tradição e da arte.
Além disso era dotada de jogos de jactos de água e de luz colorida, que criavam um espetáculo visual muito apreciado.
No tanque inicial ressalta um conjunto escultórico da autoria do Mestre escultor Lagoa Henriques, alusivo à lenda do Lis e do Lena que nos releva para a fertilidade das terras Leirienses, ambiente bucólico dos arvoredos que ladeiam as margens e que finaliza com o "casamento" dos 2 para seguirem num só rio.
O jogo de luzes e de água é hoje bem diferente do inicial assim como a zona envolvente , como atestam as imagens.
Foto 1 - Inauguração da fonte luminosa em 1973.
Foto 2 - A fonte após a sua inauguração ainda nos anos 70.
Foto 3 - A fonte no sáculo XXI.





segunda-feira, 24 de maio de 2021

O ENCANAMENTO E REGULARIZAÇAO DO LEITO DO RIO LIS

Entre os anos 1699 e 1702 realizaram-se obras de regularização do leito do rio a pedido dos procuradores da cidade que apelaram por medidas urgentes e eficazes que evitassem cheias que eram frequentes e destrutivas.
D. Pedro II encarregou o Dr. Manuel Alves Pereira, juiz do Tombo da Casa do Infantado, de superintender a obra de encanamento do rio.

O leito do rio antes do encanamento seguia a direito até aos prédios da Praça de S. Martinho (100 metros mais à frente) e dai inflectia a 90º cortando o que é hoje o Largo 5 de Outubro, passava pelos terrenos hoje urbanizados da Av. Heróis de Angola em direcção aos terrenos do Convento de S Francisco e a partir dai seguia o leito que ainda hoje conserva através do arrabalde.
Pode-se seguir o leito anterior e o actual no mapa da IMAGEM 1 (o leito antigo aparece a mais azul claro)
A obra de encanamento do rio consistiu na criação de um leito artificial numa extensão compreendida entre a Ponte dos Três Arcos, onde fez uma curva acentuada e seguiu em linha reta até ao Rocio de S. Francisco, perto desse convento, tendo as margens sido alicerçadas por muros largos e altos.
A FOTO 2 mostra o percurso do rio após as obras de encanamento que ainda hoje se conserva.
.
A obra foi uma melhoria importante na qualidade urbana de toda a área da freguesia de S Marinho e deu sequência a outros melhoramentos como reforços dos muros, alteamento e compactação de pisos dos chamados rocios (eram espaços públicos onde se realizavam feiras, mercados e festas) ,
que vieram a dar lugar aos actuais jardim Luís de Camões, Largo 5 de Outubro, Praça Goa, Damão e Diu e Marachão.
A IMAGEM 3 retrata a Leiria do inicio do século XIX e é uma cópia da gravura de George Vivian feita em 1839.






 O RIO LIZ DEPOIS DA PONTE PRINCIPAL. INICIO DO SÉCULO XX

Fotos antigas do rio após a ponte principal.
Na 1ª foto estão em destaque a ponte do bairro dos Anjos, o marachão já arborizado na margem esquerda, e o bairro do Anjos na margem direita.
Ainda não existia o actual parque "do avião" e toda a encosta do monte do cemitério é arborizada.

A 2ª e interessante foto tem uma visão mais geral e enquadrada do rio após a ponte Ponte Afonso Zúquete e oespaço circundante com os seus edifícios à época da foto.








sábado, 15 de maio de 2021

 ARCOS ANTIGOS DA LEIRIA HISTÓRICA (2)

Mais um "arco" na zona histórica, este em linhas rectas e é assim mais um túnel que um arco.
O edifício aproveita o espaço construtivo numa ligação por cima da via de comunicação.
Situa-se na Travessa do Comércio e liga a Rua do Comércio à Rua da Graça. tudo nas imediações da Praça Rodrigues Lobo.
Fica no seguimento do arco do post anterior que se vislumbra na 2ª foto.
Foto 1 - Vista para a Rua da Graça.
Foto 2 - Vista para a Rua do Comércio.




sexta-feira, 7 de maio de 2021

 O COLÉGIO CORREIA MATEUS

O edifício
Este prédio, edificado no século XVIII, de influência pombalina, que tinha sido adquirido, no início do século XX, pelo arquitecto Ernesto Korrodi, foi em 1910 comprado pelo Dr. Correia Mateus. Algum tempo depois do encerramento do colégio, o edifício foi vendido para ter funções comerciais e de habitação, sendo classificado como imóvel de interesse público.
O Colégio
Após o falecimento de João António Correia Mateus os seus bens foram utilizados por sua sobrinha e afilhada, Beatriz Franco Machado, na fundação do Colégio Dr. Correia Mateus, que sempre funcionou no mesmo edifício da rua de Alcobaça, em Leiria até ao seu encerramento em 1967.
O Colégio Dr. Corrreia Mateus deu, durante várias décadas, um grande contributo para o desenvolvimento intelectual da região, tanto mais que, durante muitos anos, foi o único estabelecimento de ensino do distrito com Curso Complementar Liceal.
Deve salientar-se que o prestígio do colégio, bem como o seu desenvolvimento, se devem a Beatriz Machado, responsável pela direcção do estabelecimento escolar.
Manuela Machado Sá Marques., após a licenciatura em Filologia Germânica, dedicou-se ao Colégio Dr. Correia Mateus desde 1941 a 1967. A ida para Leiria, para junto de sua tia Beatriz, foi muito motivada pelo desejo de Bernardino Machado (1) , já regressado do exílio, de que sua neta acompanhasse a filha Beatriz.
Após o falecimento de Beatriz Machado e a extinção do Colégio Dr. Correia Mateus, o seu espólio foi doado ao Arquivo Municipal de Leiria.
(1) Bernardino Luís Machado Guimarães nasceu no Rio de Janeiro, no Império do Brasil, no dia 28 de Março de 1851, tratando-se do único Presidente da República Portuguesa que nasceu fora do território nacional
Fontes: Wikipédia; Blog: Bernardino Machado; Outros.






quinta-feira, 6 de maio de 2021

 RUA DE ALCOBAÇA

É uma das ruas antigas da cidade referenciada em textos antigos. Liga o entroncamento do largo da Câmara (Largo da República) directamente ao Terreiro e em perpendicular ao centro histórico via Rua Combatentes da Grande Guerra.
Terá tido importância ao ligar o núcleo histórico, via Rua Direita e Terreiro à saída para os subúrbios da cidade e aos acessos para sul.
A partir dos finais do século XIX contribuiu para a ligação de Leiria à zona de crescimento para sul, que se iniciou com a construção do edifício dos Paços do Concelho em 1902 o qual foi inaugurado em 1910.
O edifício mais emblemático desta rua é o ultimo edifício do lado direito no sentido descendente, que albergou uma unidade de ensino importante na cidade. O antigo Colégio Correia Mateus que foi uma instituição de ensino particular relevante a par da importância do próprio Correia Mateus que além de fundador do colégio foi professor do liceu, Presidente da Câmara e Governador civil de Leiria.
Do edifício, do colégio e do próprio Correia Mateus haverá oportunidade de falar.
Foto 1 - Vista descendente da Rua de Alcobaça em 50/60.

Foto 2 - Edifício do Colégio Correia Mateus nos anos da década de 1930 ou anterior.(*)

           (*)   Como se pode ver na foto 2, ainda não se encontrava aberta a Rua Combatentes da Grande Guerra, que o seria nos finais da década de 1930.




quarta-feira, 5 de maio de 2021

 O HOTEL LIZ NOS ANOS DE 1970

Um postal dos anos 70 do Hotel Liz de que agora se começou a falar, não por estar por ali em ruinas há décadas, mas por ter sido apresentado um projecto de reabilitação do edifício, mantendo a sua vocação hoteleira. Espera-se que seja apreciado com cuidado e que seja ponderado que o projecto prevê a construção de habitações para a encosta traseira assim com transformar o edifício contiguo na Av. Dr José Jardim em hotel com 3 pisos.
Como se nota no postal que serviria de cartão de visita e publicidade o Hotel Liz apresentava atributos fortes.
No telhado aquele anúncio colorido da Mabor, que à noite iluminava a zona e sobressaia na vista da cidade. A mim fascinava-me.


quinta-feira, 29 de abril de 2021

A LOCALIZAÇÃO DO DESAPARECIDO ARCO DE SANTANA.
A RUA JOÃO DE DEUS QUE FOI RUA ARCO DO CÓNEGOS E RUA DE SANTANA.

A partir da foto  do arco de santana, também chamado dos cónegos, e da informação encontrada na imagem de que teria sido demolido em 1943, procurei determinar qual a sua antiga localização. Buscas e consultas e o local nunca apareceu claramente até que a consulta do livro  "Toponímia de Leiria" e uma imagem esclarecedora revelou o local do desaparecido arco.

A antiga rua de Santana é desde 1895 a Rua João de Deus, que se inicia Na Rua Correia Mateus e termina no Largo Marechal Gomes da Costa. Este bifurca no seu final e tem hoje a Rua Grão Vasco na esquerda e uma rua à direita que mantém o nome do Largo. Ambas terminam no Terreiro.

Em 1809 toda a rua desde o  inicio até ao Terreiro era denominada Rua Arco dos Cónegos.

Em 1877 a rua passou a chamar-se Rua de Santa Anna (Santana)

Em 1895 a mesma rua passou a Rua João de Deus. 

Em 1938 cortou-se a meio a Rua João de Deus e nomeou-se a ligação ao Terreiro de Largo Marechal Gomes da Costa.

Entretanto em 1943 entre várias obras neste Largo demoliu-se o prédio do Arco de Santana e consequentemente o seu arco.

E resumindo o arco de Santana localizou-se no final da rua esquerda da bifurcação no final do Largo Marechal Gomes da Costa, como a a imagem inferior da 3ª foto revela.

Créditos de consulta: 

"Toponímia de Leiria" de Alda Sales Machado Gonçalves.2005

"A leiria de Miguel Torga-Guia da Cidade de Carlos Alberto Silva.2010








quarta-feira, 28 de abril de 2021

 ESTRADA DO ARRABALDE

Foto dos idos anos 70 com vista da tradicional estrada em paralelos que percorria todo o acesso desde a Gândara dos Olivais até à placa toponímica que indicava o inicio urbano da cidade de Leiria. Do lado direito, numa área relvada o local onde brevemente iria surgir a piscina descoberta de Leiria.
Ao fundo na casa com chapéus de sol seria uma estrutura de apoio tipo café a vender bebidas e sandes. Sem certeza parece-me que no inicio a exploração era privada ou associativa e só posteriormente passou para a alçada camarária.



segunda-feira, 19 de abril de 2021

 

IGREJA E LARGO DE S. PEDRO

 A igreja de S. Pedro  foi a segunda a ser construída em Leiria datando provavelmente do final do século XII.

Depois da Igreja da Pena, (erigida no reinado de D. Afonso Henriques e reconstruída no século XIV), S. Pedro serviu de Sé até 1574, data em que o cabido se mudou para a nova catedral.

Após essa data serviu de igreja paroquial e passou por algumas reformas nos séculos XVII e XVII.

À medida que a sua área paroquial foi restringida, também seria progressivamente esquecida e desativada e no século XIX chegou a ser usado como teatro, celeiro e até prisão.

Em 1910 foi designada Monumento Nacional e em 1933 restaurada.

 De estilo românico, foi construída em calcário e alvenaria entre os séculos XII e XIII e é a única das igrejas românicas de Leiria que ainda existe. Apesar de algumas alterações e do desgaste que sofreu com o tempo, a igreja ainda possui a fachada e a abside românicos originais.

Foto 1 - Interior da igreja.

Foto 2 - Vista da entrada da igreja.

Foto 3 - Largo de S. Pedro e vista da Torre sineira.






segunda-feira, 5 de abril de 2021

 O ANTIGO CONVENTO DE SANTANA (demolido em 1916)

Foi fundado em 1494 por D. Catarina, Condessa de Loulé, viúva de de um nobre morto na Batalha de Arzila em 1471.
O Convento de Santana estabeleceu-se em Leiria como comunidade de Dominicanas, na zona do antigo Rossio, junto ao Rio Lis.
A sua comunidade foi extinta em 1880, após a morte da última religiosa, Soror Joaquina do Rosário, e o seu edifício demolido em 1916. No local foi construído o actual Mercado de Santana em 1931.
A população conventual foi constituída por mulheres de origens nobres e burguesas locais e regionais que entraram no convento como religiosas ou como recolhidas.
A tutela da casa ficou a cargo de frades dominicanos do Mosteiro da Batalha e sobreviveu essencialmente de uma economia rentista, de doações, e, ainda da propriedade das religiosas e recolhidas. A casa terá vivido o seu auge entre o século XVII e início do século XVIII, entrando posteriormente em decadência.
O espólio arqueológico cerâmico recolhido aquando da intervenção arqueológica ocorrida entre 1999 e 2000 no Mercado de Santana, poderá ser um reflexo de toda esta realidade. Foi encontrado neste espólio uma colecção de faiança portuguesa, datada entre os séculos XVI e XVIII, de cerâmica fina decorada.
Texto com base em informação recolhida de
Convento de Santana de Leiria: história, vivências e cultura material
Autor: Ana Rita Trindade e Rodrigues Baptista de Palma
Fotos antigas de finais do século XIX.
1 - Foto do Convento de Santana.
2 - Vista panorâmica do convento e zona circundante.
3 - vista panorâmica onde aparece o edifício do Teatro Maria Pia.







domingo, 4 de abril de 2021

 O MERCADO DE SANTANA

A demolição do Convento de Sant’Ana ocorreu em 1916 mas o espaço libertado só foi urbanizado anos depois, provavelmente devido à influência económica negativa dos anos da 1ª grande guerra.
Em 1931, sobre parte do antigo convento, e sob projecto de Ernesto Korrodi, concluiu-se um novo e atraente Mercado Municipal, que contribuiu para a organização da oferta de bens alimentares num espaço permanente e com boas condições de higiene e salubridade.
Foram nele incluídos espaços adicionais para lojas fechadas, e o espaço passou a ser uma referência na dinâmica comercial e social da cidade.
Os trabalhos de urbanização da Avenida Combatentes da Grande Guerra, que completaria o enquadramento do novo mercado só foram iniciados em 1939 marcando a zona com uma avenida moderna e futurista que rasgou a cidade para o crescimento das décadas vindouras.
Foto 1 - Mercado de Santana no século XXI já na função de polo cultural e de memória e mas mantendo as lojas comerciais em funcionamento.
Foto 2 - Mercado de Santana na década de 1960.
Foto 3 - Interior do mercado em foto de 1937, com a organização de bancas de venda.





sexta-feira, 2 de abril de 2021

 HOSPITAL MANUEL DE AGUIAR NO TEMPO

Duas imagens do Hospital D Manuel de Aguiar, de enquadramento semelhante mas com 50/60 anos de diferença.

A 1ª foto dos finais do século XIX além do edifício do hospital mostra o Posto de desinfecção e a ponte dos 3 arcos, que atravessava o rio e terminava em frente da Fonte das 3 bicas.
A 2ª foto além do hospital, mostra o edifício da A.N.T. (Assistência Nacional aos Tuberculosos) e restos de materiais provenientes da demolição da ponte, e que curiosamente ainda lá se encontram nos dias de hoje.




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