terça-feira, 16 de agosto de 2022

IGREJA E CONVENTO DE SANTO ESTEVÃO

RESUMO DA SUA HISTÓRIA


Por volta de 1211, a Igreja de Santo Estêvão já se encontrava edificada e constituiu o embrião de um núcleo medieval no qual foram criados um Hospital (dos Ferreiros) e uma albergaria (de São Brás) núcleo que viria a acolher a denominada "mouraria" de Leiria.
Esse núcleo emergente atraiu diversos ofícios, nomeadamente oleiros, ferreiros, forjas, lagares e outras actividades praticadas por populações islamizadas que permaneceram na região após a reconquista cristã.
A rede viária dessa freguesia seria reduzida, sendo constituída pela rua da Mouraria (muito provavelmente antecessora da atual rua das Olarias), uma rua da Ferraria e, provavelmente uma rua da Corredoira.
O principal ponto de abastecimento público de água da antiga freguesia de Santo Estêvão seria, segundo Saul Gomes, a Fonte do Freire, desde antes de 1300. (A fonte do Freire ainda hoje existe no sopé da encosta).
No século XIV foi criada uma albergaria anexa à igreja para recolher doentes e tratar pessoas da paróquia. A igreja primitiva foi entretanto demolida e reedificada uma nova igreja que ainda se encontra no local.
Os edifícios contíguos viriam a sofrer alterações no século XVIII (1740), com o estabelecimento de uma Recolhimento dos Santíssimos Corações de Jesus e Maria, conhecido pelo nome de Recolhimento de Santo Estêvão e em 1802 o bispo Manuel de Aguiar funda um seminário para educação de mulheres jovens.
Os edifícios eram constituídos por fachadas de tipologia barroca e o do antigo convento ainda conservava um pequeno jardim com um poço, centrado num claustro retangular, situação que se degradou após um fogo ocorrido em 2016.
No século XX os edifícios foram recuperados para ocupações de serviços públicos civis, por esta ordem ( Magistério Primário, GNR, Politécnico).
Fontes: Wikipédia e Enquadramento histórico de Leiria (Vânia Carvalho, Augusto Aveleira, Oficina Municipal de Arqueologia).
Foto 1 - Imagem panorâmica do Convento e igreja de Santo Estevão em finais do século XIX.
Foto 2 - Imagem de meados do século XX.
Foto 3 - Imagem da década de 1980.






sábado, 14 de maio de 2022

PRACETA DOS ENGRAXADORES NAS TRASEIRAS DO EDIFÍCIO DO BNU
 
Imagem/Postal dos anos de 1950-57

Vista panorâmica do antigo e demolido Teatro Maria Pia, á direita, e em continuidade, a Rua João de Deus com o antigo e também demolido, edifício da CGD.
À esquerda da foto o edifício do antigo BNU onde se ajeitou um largo para estacionamento de viaturas ladeado por um passeio pedonal e um muro de protecção com escadas de ligação à rua lateral ao Teatro.
Olhando para o antigo edifício da CGD podemos verificar que o mesmo era menos comprido que o actual e existia um edifício comercial de 4 portas altas e de um só piso na continuidade da rua João de Deus antes da Rua Vasco da Gama.
Nas traseiras do edifício do BNU uma fila de 4 cadeiras ocupadas por cidadãos que ali engraxavam os sapatos. A profissão de engraxador de rua era muito solicitada e perdurou até aos anos 80. Este local de trabalho era fixo mas muitos destes trabalhadores moviam-se procurando clientes em locais de frequência variável. Lembro-me do café esplanada, o muro do marachão à entrada da camionagem e dos cafés da Praça Rodrigues Lobo.



 A RUA E PONTE HINTZE RIBEIRO

VISTA PANORÂMICA DO INICIO DO SÉCULO XX

Construída em 1904 veio ligar as duas margens do Lis num local de expansão urbana da cidade dando acessibilidade à zona do recente edifício do Liceu de Leiria (na Rua Tenente Valadim assim denominada desde 1890) e às zonas de encosta passíveis de edificação de novos prédios.
Este núcleo urbano que na data da 1ª fotografia (finais do século XIX) já tinha uma fileira de edifícios de cada lado da rua Tenente Valadim, muitos deles ainda existentes passados 130 anos), um crescimento significativo que se devia à proximidade do centro da cidade sem o inconveniente das frequentes cheias que alagavam a a várzea ribeirinha mais abaixo e também a Leiri

a urbana antiga.
Curiosamente e como se vê na foto, já existia uma estreita e precária ligação, provavelmente em madeira que servia de passagem de pessoas entre as 2 margens.
Na foto 2 a vista da rua e ponte Hintze Ribeiro após a sua construção, como edifício do Liceu em fundo, o muro esquerdo e o edifício da Fábrica de electricidade e o muro à direita com um edifício que ainda lá se encontra (em ruínas) e onde passava e passa uma vala de água.
A foto 2 é obtida da Rua de Tomar que também seria recente e cujo nome deriva de ser a ligação para a cidade de Tomar passando pelos Pousos e via cidade de Ourém.


Mais Populares