domingo, 24 de outubro de 2021

 LARGO 5 DE OUTUBRO O ESPAÇO DA IDENTIDADE LEIRIENSE

É o 3º post onde aparece o Campo D. Luís I, topónimo que foi deliberado em 1877 e permaneceu até 10-10-1910, data em que por deliberação camarária passou a ser designado por Largo 5 de Outubro.

O área que esse topónimo abrange começa após o Largo do antigo Sinaleiro (que na realidade faz parte do Largo Alexandre Herculano) e ocupa a área entre o Marachão dum lado e a fileira de prédios paralelos à Rua e virados para o jardim, do outro, terminando no topo da Av: Heróis de Angola e no Largo Cónego da Maia.

O próprio jardim Luís de Camões que foi criado em finais do século XIX, terá também feito parte dessa designação pois toda a zona foi anteriormente designada "rossio" (palavra utilizada para designar um espaço de terra batida para utilização pública e popular na localidade e no qual se realizavam as feiras, mercados e espetáculos.

O final do século XIX, trouxe uma nova forma de usufruto público desses "rossios" introduzindo outras tipologias de áreas: ajardinadas, arborizadas, adicionando-lhes equipamentos como bancos, lagos e estatuária.

Nestes 140 anos registaram-se grandes alterações nos locais, nas arquiteturas e nas concepções urbanas mas a génese da ocupação do espaço é idêntica, e a única alteração significativa foi a transformação do Largo onde se situou o Teatro Maria Pia e circundantes em Praça onde se construiu uma fonte luminosa original e artística, e amplamente empedrada.

O Largo 5 de Outubro começou como hall de entrada da cidade e é hoje além dum espaço de circulação intercidade e também um digno espaço de de identidade Leiriense, com as suas letras LEIRIA em dimensão generosa a motivarem a obtenção de belas imagens da trilogia da fonte luminosa, jardim e castelo de Leiria.
Fotos do Largo 5 de Outubro obtidas de locais diferente iniciando-se com a uma imagem identitária da cidade.













































 A HITÓRIA DO CORETO DO LARGO 5 DE OUTUBRO

Este coreto foi desmontado do jardim Luís de Camões em Leiria, em meados do séc. passado, 1947, e reinstalado em Santa Catarina da Serra. É uma verdadeira relíquia e está bem conservado e cuidado.
Assentando numa base de pedra todo o coreto foi feito em ferro forjado com as indicações de "Casa Reis" e Massarelos - Porto.
Pode-se observar este coreto, quando instalado em Leiria, em fotografias antigas na Imagem 1.
Está muito bem onde está, mas pode perguntar-se porque razão é que as pessoas de Leiria não protegeram o seu património arquitetónico de lugares públicos, como foram os casos do Teatro D. Maria Pia e deste coreto?
Uma associação de Santa Catarina explicou o seguinte:
“Estava situado no actual Jardim “Luís de Camões”, em Leiria. Em 1947, após a queda de uma árvore sobre a estrutura, foi comprado à Câmara, em hasta pública, e trazido para Santa Catarina da Serra. Restaurado em 2008, foi construído na Fundição de Massarelos, Porto, no ano de 1889. Com 119 anos, é o coreto mais antigo da Região de Leiria.”

























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