quarta-feira, 31 de março de 2021

 LAVADEIRAS DO RIO LIS


Antes do advento dos tanques de cimento e posteriormente da comodidade das máquinas de lavar, os lavadouros públicos e os baixios dos rios eram locais onde se lavava a roupa tendo como ferramentas as saliências empedradas, o sabão azul e as águas correntes.
Seria, aliás, uma prática corrente em todos os locais e zonas fluviais até meados do século XX e em Leiria o rio Lis também o foi.
O rio era a "oficina" onde trabalhadoras exerceram a sua profissão de lavagem das roupas da casa e do vestuário, para outrém.
Era um ganha pão de grande dureza e feito em condições difíceis. Ao ar livre, muita horas seguidas com os membros inferiores mergulhados na água fria, costas dobradas e a utilização intensiva das mãos em contacto com os agentes de lavagem agressivos.
É uma lembrança e uma homenagem que aqui fica "às lavadeiras do rio Lis" e ao seu exemplo, de que muitos se lembrarão.
As 3 fotos que se anexam são do mesmo local, mas existiram outros locais baixios, na margem direita antes da ponte, na margem junto à fonte quente (que me parece teve um lavadouro público), que foram utilizados.
Foto 1 - Foto de meados do seculo XX. Foto 2 - Foto antiga da Lavadeiras no rio Lis em zona perto do antigo cais. Foto 3 - Lavadeiras no mesmo local do rio mas junto à margem, com o caudal do rio mais alto, e em               meados do século XX.





terça-feira, 30 de março de 2021

 RUA BARÃO DE VIAMONTE

Vulgarmente denominada por " Rua Direita" liga o Largo Cândido dos Reis, o antigo Terreiro, à principal igreja da cidade, a Sé.
É uma rua antiga ( existirá pelo menos desde meados do século XVI período da construção da Sé que teve inicio em 1559 ) e assim terá tido um importante papel na ligação e vida das gentes da urbe. Todas as ruas da alta muralhada da ade desaguam perpendicularmente nesta e certamente foi aqui que se desenvolveu o centro mais concorrido da cidade, pelo menos até ao principio (ou meados) do século XX.
Foi baptizada com o actual nome em 1881.
A partir de meados do século XX foi perdendo importância, habitantes e actividades, apesar de alguma recuperação iniciada no século XXI, nas valèncias que ocuparam as zonas históricas, como as actividade de bares, cafetaria, restauração, hotelaria, serviços e comércio para juventude, e serviços públicos em edifícios antigos reabilitados (caso da Biblioteca municipal).
Realço 2 lojas que existem desde meados do século passado e uma delas ainda aberta e com actividade normal. A ervanária, que me parece já não ter actividade, e a Chapelaria que faz canto com a Rua Latino Coelho.
As fotos mostram a Rua Direita no sei inicio a seguir ao Terreiro, a meio no cruzamento com a Rua Rodrigues Cordeiro, vista do final com a Sé ao fundo e a loja de chapéus ainda em actividade com a mesma proprietária inicial.
Foto 1 - Inicio da Rua Direita após sair do Terreiro.
Foto 2 - A meio da Rua Direita.
Foto 3 - Uma loja antiga de chapelaria explorada pela D. Felismina.
Foto 4 - A Rua Direita no trajecto final e a ligação ao Largo Sé.










É uma das mais famosas ruas de Leiria. A Rua Direita como ainda hoje é mais conhecida, recebeu o nome de Rua Barão de Viamonte em 1881. Foi calcorreada por Eça de Queiroz, deslocando-se sobretudo da sua residência para a Casa da Administração do Concelho, no Largo da Sé. Também a sua personagem, o Padre Amaro, efetuava o percurso até à Sé por esta rua.
Fonte: Texto da CML no seu site.













domingo, 28 de março de 2021


 ESTAÇÃO DO CAMINHO DE FERRO DE LEIRIA.

Foto da inauguração em 1887. A passagem do caminho de ferro por Leiria teve uma gestação complicada, feita de projectos aprovados e não concretizados até que finalmente se concretizou no ramal da linha oeste desde Torres Vedras até à Figueira da Foz
O troço de Torres Vedras a Leiria entrou oficialmente ao serviço no dia 1 de Agosto desse de 1887 e em 17 de Julho de 1888, entrou ao serviço o troço de Leiria até à Figueira da Foz, concluindo a Linha do Oeste.
Foto 1 - Foto da inauguração da estação.
Foto 2 - Foto antiga, de 1910, da estrada que liga a cidade à estação.




sábado, 27 de março de 2021

 ESCULTURAS DE BRONZE ALUSIVAS AOS "ANIMAIS NOSSOS AMIGOS"

Os "animais nossos amigos" correspondem ao título duma história infantil escrita na década de 1920 pelo escritor e poeta leiriense, Afonso Lopes Vieira e nela se exalta a bondade e a utilidade dos animais que acompanhavam o homem e o ajudavam, directa e indirectamente, na sua vida e lides diárias muito ligadas aos trabalhos de agricultura de que a maior fatia da população vivia e sobrevivia nesta época.

Na realidade e cada um com o seu papel, Vieira realçou em 8 poemas que integram o livro, a importância de 8 animais, ( cão, gato, burro, bois, abelhas, sapo, passarinhos e lobo de São Francisco de Assis) dos quais foram escolhidos 4 para representar em esculturas de cariz educativo a serem colocadas no jardim infantil inaugurado em 1954, talvez o 1º a ser instalado na cidade.

Os escolhidos foram a VACA, o CÃO, o CAVALO e o SAPO e encontram-se em razoável estado de conservação no parque infantil Afonso Lopes Vieira o mais antigo parque da cidade, que ladeia a margem direita do rio Liz desde a ponte do Bairro dos Anjos até à Fonte Quente (Hoje popularmente denominado "parque do avião".


Fotos 1 a 4:
Esculturas em bronze da, a VACA, o CÃO, o CAVALO e o SAPO






 A BIBLIOTECA DA PARQUE INFANTIL AFONSO LOPES VIEIRA E ESCULTURAS DE BRONZE ALUSIVAS AOS "ANIMAIS NOSSOS AMIGOS"

Dando seguimento ao meu post anterior sobre o poeta e escritos Afonso Lopes Vieira relato um assunto que muitos não conhecerão.
Em 1949, foi apresentado um projeto para um Jardim Infantil, com uma pequena Biblioteca das obras infantis de Lopes Vieira, ajardinado exteriormente com as figuras do livro de 1911, "Animais Nossos Amigos" esculpidas em pedra, fundidas em bronze e desenhadas em painéis de azulejo por Anjos Teixeira Filho.
O projeto efetivou-se e, a 30 de abril de 1955, no parque infantil da cidade que também se chamou de Afonso Lopes Vieira , situado no Parque da cidade, Nesse mesmo dia inaugurou-se a Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira, e fez-se uma festa dedicada às crianças no Jardim Infantil Afonso Lopes Vieira, tendo estado presentes o Arquiteto Raul Lino e o Mestre Anjos Teixeira."
Esse conjunto da casa e biblioteca foi eliminado numa das remodelações "modernista" efectuadas ao parque infantil onde já nem o nome de Afonso Lopes Vieira aparece visível, mas isso serão contas para outros rosários e outros locais.

Foto 1 - Foto parcial da casa biblioteca Afonso Lopes Vieira.
Foto 2 - Projecto apresentado.
Foto 3 - Vista panorâmica recente do jardim infantil no Parque hoje mais conhecido por parque do avião.






quinta-feira, 25 de março de 2021

  O CINEMA DE LEIRIA (INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS)

Após a demolição do Teatro D Maria Pia que ocorreu em 1958, , é que foi erguida uma solução provisória (que perdurou quase uma dezena de anos) e que consistiu num barracão de madeira com cadeiras e equipamento de reprodução de filmes, e que se foi construído "temporáriamente" ao fundo do Jardim da cidade encostado à escada de acesso ao Marachão..
Apesar da conforto do novo "cinema" não ser o melhor foi uma experiência original, que terminou em 1966 com a abertura do Teatro José Lúcio da Silva.
Foto 1 - O barracão que serviu de cinema de Leiria de 1958 a 1966
Foto 2 - O antigo Teatro D. Maria Pia noa década de 1940.
Foto 3 - O Teatro José Lúcio da Silva em foto recente.





quarta-feira, 24 de março de 2021

 A ESPLANADA DO JARDIM


Esplanada do Jardim Luís de Camões , respectivamente em fotos da década de 70, e 50/60, do século passado. Era muito frequentado por todas as "classes" pois tinha um ambiente único de café jardim com árvores frondosas que serviam de resguardo do sol no Verão e proporcionavam um ambiente agradável nas restantes estações. Nos dias de mau tempo os indefectíveis mudavam para o interior.








 AFONSO LOPES VIEIRA

Nascido em Leiria em 1878, faleceu em Lisboa em 1946.
Segundo o Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, vol. III, Lisboa, 1994, Lopes Vieira pertenceu a uma geração de homens animados por ideais renascentistas, homens para quem literatura e Pátria eram realidades fundamentais, às quais competia uma missão orientadora e uma missão espiritual e linguística.
Afonso Lopes Vieira não esqueceu as suas origens, conservando as imagens de uma Leiria de paisagem bucólica e romântica, rodeada de maciços verdejantes plantados de vinhedos e rasgados pelo rio Lis, mas, sobretudo, de São Pedro de Moel, lugar da sua Casa-Nau, e paisagem de eleição do escritor, enquanto inspiração e génese da sua obra. O Mar e o Pinhal são os principais motivos da sua poética
Foi também um autor dedicado á literatura e educação infantil, com o livro Animais Nossos Amigos (1911) e o filme infantil O Afilhado de Santo António (1928).
Acerca deste tema a cidade de Leiria inaugurou em 1955 no parque infantil municipal (no hoje denominado Parque do avião), uma pequena biblioteca com obras para o público infantil e onde as mesmas eram lidas, sendo rodeado por um pequeno jardim com esculturas de animais nossos amigos..
Depois do seu falecimento, a casa de São Pedro de Moel, outrora lugar de tertúlias de escritores e intelectuais, foi transformada em casa-museu e é hoje parte das instalações da Colónia Balnear Afonso Lopes Vieira, que o poeta, ao legar o edifício à Câmara Municipal da Marinha Grande, em 1938, destinou a casa de férias dos filhos dos operários vidreiros, bombeiros e trabalhadores das matas nacionais.
A Biblioteca Municipal de Leiria Afonso Lopes Vieira, cujo edifício atual foi inaugurado em 1997, contempla a reconstituição da sua biblioteca e gabinete de trabalho que tinha no Palácio da Rosa, e parte das obras que este herdara de Rodrigues Cordeiro, além de várias peças do mobiliário de sua casa, graças à intervenção de Américo Cortez Pinto.

Síntese feita com elementos da página da Wikipédia.



















Escritório e espolio do escritor reinstalado na Biblioteca de Leiria que tem o seu nome.

terça-feira, 23 de março de 2021

 VISTA PANORAMICA DA VÁRZEA HOJE URBANIZADA

Outra vista panorâmica muito interessante para compreender o crescimento urbano de Leiria no século XX.

Foto da década de 1930, que quase parece feita por um drone actual, que em primeiro plano apanha o edifício remodelado da Companhia Leiriense de Moagem que substituiu na década de 20. o antigo convento de S Francisco, que se encontrava em ruínas. Essa empresa laborou até 1995.
A várzea esquerda do rio Lis, no sentido da foz, ainda tinha vocação agrícola, mas já existia ocupação edificada após o jardim, no local onde nasceria a Rodoviária Nacional umas dezenas de anos mais tarde.
Fica a questão à qual não sei responder: alguém se lembra que edificações eram ?
























 VISTAS PANORAMICAS ANTIGAS

Vista panorâmica (do alto do Castelo de Leiria) da várzea adjacente ao rio Lis Desde a zona do antigo convento de S. Francisco percorrendo o marachão até ao jardim que não se vê na foto.

A elevação do actual cemitério que há data se denominava de Santo António do Carrascal , o qual já estaria presente no cimo do monte e no local onde ainda se encontra, pois foi inaugurado em 1871.
Visível o aglomerado de casas do Bairro dos Anjos na várzea do lado direito do rio Lis e que se estende até à zona do hospital Manuel de Aguiar que foi concluído e aberto em 1800.



 VÁRZEA ESQUERDA DA ESTRADA DO ARRABALDE DE AQUÉM

Em vista de fundo o casario do arrabalde de aquém que rodeia a escola primária e que terá sido o local onde se implantou o antigo bairro de S Tiago a partir do século XIII. Ainda hoje existe o caminho e a muralha que sobe em diagonal até à porta norte, que dá acesso à zona do largo de S Pedro e ao castelo.

Nesta foto de meados do seculo XX em vista principal os terrenos de cultivo de uma quinta que se iniciava neste muro à direita e bordejando o rio e a estrada, terminava bem perto do convento e igreja de S Francisco onde desde 1920 laborou a Companhia Leiriense de Moagem.
Na década de 1970 com a construção do mercado, todos estes terrenos foram convertidos em zona urbana e dele fazem parte o mercado municipal e anexos, o parque de estacionamento junto ao rio, o edifício do Maringá e o seu centro comercial, o antigo edifício do Hotel D João III e a sua área comercial.



LEIRIA DOS ANOS DE 1960 VISTA DO ALTO DA IGREJA DE N. S. DA ENCARNAÇÃO

Uma vista panorâmica dos anos 60 do século XX tirada do alto da igreja de NSE e onde é visível o crescimento urbano nos antigos terrenos e quintas arborizadas ou de vocação agrícola que foram dando lugar à Av. Marquês de Pombal e toda a sua envolvência. Dessa envolvência em circular fazem parte a Rua Tenente Valadim, Rua Machado dos Santos, Rua D José Alves Correia da Silva e a Av. da Comunidade europeia (faz parte da circunvalação) e Av. N S Fátima. Desse circulo só não estão urbanizados: a Quinta dos Charters, os terrenos da Prisão Escola, os terrenos da Quinte do Seminário e alguma parcela da Quinta do Taborda.



 PRÉDIOS INVULGARMENTE ESTREITOS

Um prédio estreito, talvez dos mais estreitos do país. Algures em Lisboa e pela placa na rua perpendicular à Garcia da Horta. O Faria que estudou assuntos de desenho e arquitectura bem nos podia dar dar umas dicas de como fazer uma divisão optimizada de apartamentos para este prédio.


Mais um curioso edifício estreito também da zona de Lisboa. O aproveitamento de espaço é notável e por ilusão de óptica o muro anterior quase parece ter a mesma largura. Prometo que tão cedo não voltarei ao tema dos prédios muito estreitos, apesar de apreciar este tipo de informação.




 JARDIM DA ALMUINHA GRANDE

Fotos do Jardim da Almuinha Grande que vai fazer 2 anos de existência. Nota-se a implantação da vegetação e arbustos e da consolidação das árvores. Uma zona verde de lazer há muito prevista e aguardada e que transformou positivamente esta zona da cidade. Trouxe vida animal selvagem que proporciona uma vivência original, serve de roteiro de formação para os mais novos, é zona de convívio e passeio para famílias e pessoas que apreciam os espaços verdes e nota-se ter cada vez mais visitantes.
É uma zona totalmente renovada e um centro de atracção para a natureza.
Aqui ficam os elogios a quem contribuiu para a sua concretização.
















































segunda-feira, 22 de março de 2021

 A ABERTURA DA AV COMBATENTES DA GRANDE GUERRA

Os trabalhos de urbanização da Avenida Combatentes da Grande Guerra, que completavam o enquadramento do novo mercado de Santana, foram iniciados em 1939 marcando a zona com uma avenida de cariz modernista, favorecendo o tráfego e a salubridade. Em 1940 construiu-se o novo posto dos CTT, que foi partilhado com a actual Rua Eng. Duarte Pacheco
A abertura da Avenida dos Combatentes da Grande Guerra poderá ter contribuído para a perda de importância da Rua Direita criando uma nova estrutura de circulação e atravessamento da cidade até ao centro tradicional e à zona de crescimento da cidade em direcção norte ( varzea ribeirinha do lado esquerdo do Liz e arrabalde).
As escadarias de ligação à Rua Machado dos Santos e José Jardim seriam realizadas posteriormente.
A nova urbanização acomodou vários outros edifícios marcantes, entre eles, o Banco Nacional Ultramarino em 1929 e o novo edifício da Caixa Geral de Depósitos em 1945.
Surgiram também vários edifícios de habitação e comércio de desenho modernista ao longo desta nova urbanização
Este conjunto urbano com esta identidade ainda hoje persiste nesta zona da cidade.
Foto 1 - panorâmica do local com o traçado da futura Av. já aberto. Da década de 30/40.
Foto 2 - Vista do largo do mercado e da Av. Combatentes da Grande Guerra na década de 40/50.




























sexta-feira, 19 de março de 2021


 CONVENTOS DE LEIRIA

CONVENTO DE SANTO ANTÓNIO DOS CAPUCHOS
Na cidade de Leiria, o convento de Santo António dos Capuchos foi a última casa religiosa a ser instituída, depois da instalação dos franciscanos no século XIII, da fundação do convento de San'Ana no século XV, e do convento de Santo Agostinho na segunda metade de 1500.
Este convento foi estabelecido em 1657, por D. Pedro Vieira da Silva (então secretário de Estado, mas que veio a ser Bispo de Leiria), que se encontra sepultado na igreja.
Desde essa época, foi alvo de duas intervenções, uma no século XVIII e outra no início de 1900, conforme as datas inscritas na frontaria da igreja. Nesta medida, o templo primitivo, de dimensões reduzidas, foi ampliado em 1770, época em que se construíram os corpos laterais e, muito possivelmente, os portais laterais barrocos e o revestimento azulejar da nave.
O interior, onde se articulava a nave e a capela-mor rectangulares, foi alvo de profundas alterações, mas ainda subsistem alguns vestígios de pintura mural de brutescos, que decoravam as paredes da nave, em conjunto com os azulejos polícromos, estes já desaparecidos.
A Sul encontrava-se a capela dos Capuchinhos, sagrada em 1904, conforme a inscrição patente na fachada, mas que foi, também, muito adulterada. A Norte, desenvolvem-se as dependências c
Com a extinção das Ordens Religiosas, em 1834, o convento ficou na posse do Estado que, em 1864, o transformou em Hospital Militar. (FOTO)
Já no século XX, em 1904, a igreja foi alvo de uma intervenção de restauro, o que não impediu a profunda ruína em que incorreu posteriormente.
No século XX! todo o edifício se encontra profundamente degradado em ruínas e existe um projecto ao abrigo dum programa público, para cedência de parte do edifício para exploração privada de unidade hoteleira, dita de charme. (FOTO)





































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