sábado, 30 de outubro de 2021

 A FEIRA ANUAL E OS CARRINHOS DE CHOQUE

As feiras e os seus equipamentos de diversão exerciam uma forte atracção sobre os visitantes. Havia para todas as idades desde os infantis que divertiam nos pequenos carros que circulavam lentamente num circuito fixo, passando pelo popular carrossel onde se cavalgavam as figuras e cadeiras de madeira e os habilidosos e treinados rodopiavam em pé sempre em equilíbrio. No topo das preferências estavam as pistas dos carros eléctricos que permitiam a sua condução e o choque eram
divertimento
para as idades adolescentes e adultas e permitiam a afirmação e despique entre os condutores.
Na foto de 1961 a pista dos carros elécticos está cheia de condutores entusiasmados e sorridentes enquanto os mirones aguardam inquietos pela sua vez.



terça-feira, 26 de outubro de 2021

ENTRONCAMENTO COM SINALEIRO NO LARGO DA RÉPUBLICA (DÉCADA DE 1960) .

Curiosas fotos do entroncamento das Ruas Machado dos Santos, Rua de Alcobaça, Rua dos Mártires no Largo da República presumo que na década de 1960.
Esta era uma via importante de ligação ao sul num tempo em que não havia "vias de circunvalação".
A 1ª imagem mostra 2 placas de trânsito indicando as cidades de Pombal, Coimbra e Porto e para a Barreira uma localidade dos arredores a sul.
Para coordenar o intenso tráfego um policia sinaleiro resguardado por um tradicional chapéu de sol (e de chuva).
A 2ª imagem mostra o mesmo local mas obtida doutro enquadramento tem visível uma placa cujos nomes não se conseguem decifrar. Talvez Marinha Grande ou localidades para sul.




domingo, 24 de outubro de 2021

 LARGO 5 DE OUTUBRO O ESPAÇO DA IDENTIDADE LEIRIENSE

É o 3º post onde aparece o Campo D. Luís I, topónimo que foi deliberado em 1877 e permaneceu até 10-10-1910, data em que por deliberação camarária passou a ser designado por Largo 5 de Outubro.

O área que esse topónimo abrange começa após o Largo do antigo Sinaleiro (que na realidade faz parte do Largo Alexandre Herculano) e ocupa a área entre o Marachão dum lado e a fileira de prédios paralelos à Rua e virados para o jardim, do outro, terminando no topo da Av: Heróis de Angola e no Largo Cónego da Maia.

O próprio jardim Luís de Camões que foi criado em finais do século XIX, terá também feito parte dessa designação pois toda a zona foi anteriormente designada "rossio" (palavra utilizada para designar um espaço de terra batida para utilização pública e popular na localidade e no qual se realizavam as feiras, mercados e espetáculos.

O final do século XIX, trouxe uma nova forma de usufruto público desses "rossios" introduzindo outras tipologias de áreas: ajardinadas, arborizadas, adicionando-lhes equipamentos como bancos, lagos e estatuária.

Nestes 140 anos registaram-se grandes alterações nos locais, nas arquiteturas e nas concepções urbanas mas a génese da ocupação do espaço é idêntica, e a única alteração significativa foi a transformação do Largo onde se situou o Teatro Maria Pia e circundantes em Praça onde se construiu uma fonte luminosa original e artística, e amplamente empedrada.

O Largo 5 de Outubro começou como hall de entrada da cidade e é hoje além dum espaço de circulação intercidade e também um digno espaço de de identidade Leiriense, com as suas letras LEIRIA em dimensão generosa a motivarem a obtenção de belas imagens da trilogia da fonte luminosa, jardim e castelo de Leiria.
Fotos do Largo 5 de Outubro obtidas de locais diferente iniciando-se com a uma imagem identitária da cidade.













































 A HITÓRIA DO CORETO DO LARGO 5 DE OUTUBRO

Este coreto foi desmontado do jardim Luís de Camões em Leiria, em meados do séc. passado, 1947, e reinstalado em Santa Catarina da Serra. É uma verdadeira relíquia e está bem conservado e cuidado.
Assentando numa base de pedra todo o coreto foi feito em ferro forjado com as indicações de "Casa Reis" e Massarelos - Porto.
Pode-se observar este coreto, quando instalado em Leiria, em fotografias antigas na Imagem 1.
Está muito bem onde está, mas pode perguntar-se porque razão é que as pessoas de Leiria não protegeram o seu património arquitetónico de lugares públicos, como foram os casos do Teatro D. Maria Pia e deste coreto?
Uma associação de Santa Catarina explicou o seguinte:
“Estava situado no actual Jardim “Luís de Camões”, em Leiria. Em 1947, após a queda de uma árvore sobre a estrutura, foi comprado à Câmara, em hasta pública, e trazido para Santa Catarina da Serra. Restaurado em 2008, foi construído na Fundição de Massarelos, Porto, no ano de 1889. Com 119 anos, é o coreto mais antigo da Região de Leiria.”

























quarta-feira, 13 de outubro de 2021

 O TEATRO D. MARIA PIA

UM ESPAÇO DE ESPETÁCULO E CULTURA de 1880 a 1958.

Em 3 de Outubro de 1878, foi lançada a primeira pedra para a construção do Teatro D. Maria Pia, junto à Rua de Sant'Ana. A autorização para designar o novo teatro com o nome da rainha D. Maria Pia data de 23 de Maio de 1879. A inauguração do novo edifício ocorreu em 9 de Dezembro de 1880.
A informação sobre o Teatro, o seu interior e o que significou para a cidade é escassa, mas fica uma descrição da sua inauguração, relembrada por altura da comemoração do 60º aniversário, realizado em 8 de Dezembro de 1940 e publicado no jornal O Mensageiro de 7 de Dezembro de 1940.
Para não tornar o texto demasiado extenso cito alguns parágrafos relevantes:
"Leiria inaugurou há poucos dias [9 de Dezembro de 1880] o seu novo teatro, um belo teatro (…). Vamos dar uma rápida notícia dêste novo teatro, um grande melhoramento na cidade de Leiria, notícia cujos apontamentos devemos à obsequiosa amabilidade do sr. L. A. Dos Santos.
O teatro de D. Maria Pia foi edificado no campo de D. Luiz I, correndo paralelo ao antigo convento de Sant’Ana, com o qual forma uma vasta e espaçosa rua."
"A inauguração realizou-se com todo o brilho na noite de 8 de Dezembro, com um espectáculo desempenhado por curiosos, abrindo com o hino de El-Rei D. Luiz, executado pela orquesta, e um hino de saudação a S. M. a rainha escrito pelo sr. Xavier Rodrigues Cordeiro, poeta natural de Leiria, e cantado pela sociedade dramática. A peça de inauguração deste teatro, construído em dois anos e um mês, foi o drama “Abel e Caim” do falecido escritor António Mendes Leal."
"A arquitectura externa do teatro é simples, em compensação o teatro por dentro é dum luxo extraordinário, duma elegância que o coloca acima de todos os teatros de província. ................."
"A sala é em feitio de ferradura, é elegantíssima, perfeitamente iluminada por numerosos candelabros suspensos dos camarotes, todos gradeados em florões dourados e corrimãos estofados a carmezim vivíssimo, dum belo efeito....................."
O Teatro D. Maria Pia foi o centro cultural de Leiria, durante cerca de oitenta anos. Recebeu teatro, cinema, concertos musicais, recitais, exposições e outras manifestações de arte, acolhidos com aplauso pela cidade, mas também público de outros concelhos, atraídos pela qualidade e fama dos seus espectáculos.
A degradação do edifício e a necessidade de ampliar a sua lotação, levantou polémica, gerou negociações, mas a sua demolição em 1958 foi inevitável e deixou a cidade desprovida, durante 8 anos , dum espaço público equivalente.
Foto 1 - O edifício do teatro em imagem frontal, em princípios do século XX.
Foto 2 - O teatro visto lateralmente em dia de movimento, talvez de espectadores em circulação.
Foto 3 - Vista panorâmica do Teatro na década de 1950, com pormenores do jardim e do seu miradouro, da zona histórica da cidade e do Castelo. É uma imagem melhorada no colorido e das mais expressivas.
Foto 4 - Interior do teatro com vista dos camarotes e cadeiras.
Foto 5 - Desenho de Rodrigues Vieira da sala com espectadores e uma nesga do palco.







quinta-feira, 7 de outubro de 2021

 AS "RUAS DIREITAS" OU RUAS "DIRECTAS"

"Rua Direita" é uma deformação [...] de «rua directa», que normalmente vai da igreja principal de uma localidade até à saída mais importante (embora existam variações: entre duas igrejas, entre sé e sede do governo local, entre igreja e torre de menagem).
O facto de serem ruas antigas faz com que normalmente sejam bastante tortuosas, mas foram em tempos a rua mais importante, ou pelo menos uma das mais importantes, da povoação em causa.»
A Rua Direita de Leiria é a Rua Barão de Viamonte, que tem o seu inicio no Largo Cândido dos Reis (Terreiro) e termina no Largo da Sé.
Foto 1 - Final do Largo Cândido dos Reis onde tem inicio a Rua Direita de Leiria. A rua começa na extrema direita do Largo.
Foto 2 - O troço inicial da rua até cerca de metade.
Foto 3 - A parte final da rua com o seu término no Largo da Sé que é visível parcialmente.





terça-feira, 5 de outubro de 2021

 PORTAS DO NORTE DAS MURALHAS DO CASTELO

Portas do Norte, ou dos Castelinhos, marcam o início das muralhas românicas de Leiria que envolviam um perímetro de cerca de 5 hectares para Norte e Este. São anteriores a 1152 e davam acesso à desaparecida igreja paroquial de Santiago e à Ponte Coimbrã.
Compostas por duas quadrigas de vigia e uma barbacã em cujo pórtico se inscreve um dos brasões mais antigos do concelho de Leiria (século XIV), no qual se observa, em torno de um castelo, dois pinheiros encimados por corvos, simbolizando a lenda da fundação de Leiria por D. Afonso Henrique.
Foto com imagem da porta Norte em sentido ascendente.



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