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sexta-feira, 3 de setembro de 2021

 O ANTIGO CONVENTO DE SANTANA (demolido em 1916)

Foi fundado em 1494 por D. Catarina, Condessa de Loulé, viúva de de um nobre morto na Batalha de Arzila em 1471.
O Convento de Santana estabeleceu-se em Leiria como comunidade de Dominicanas, na zona do antigo Rossio, junto ao Rio Lis.
A sua comunidade foi extinta em 1880, após a morte da última religiosa, Soror Joaquina do Rosário, e o seu edifício demolido em 1916. No local foi construído o actual Mercado de Santana em 1931.
A população conventual foi constituída por mulheres de origens nobres e burguesas locais e regionais que entraram no convento como religiosas ou como recolhidas.
A tutela da casa ficou a cargo de frades dominicanos do Mosteiro da Batalha e sobreviveu essencialmente de uma economia rentista, de doações, e, ainda da propriedade das religiosas e recolhidas. A casa terá vivido o seu auge entre o século XVII e início do século XVIII, entrando posteriormente em decadência.
O espólio arqueológico cerâmico recolhido aquando da intervenção arqueológica ocorrida entre 1999 e 2000 no Mercado de Santana, poderá ser um reflexo de toda esta realidade. Foi encontrado neste espólio uma colecção de faiança portuguesa, datada entre os séculos XVI e XVIII, de cerâmica fina decorada.
Texto com base em informação recolhida de
Convento de Santana de Leiria: história, vivências e cultura material
Autor: Ana Rita Trindade e Rodrigues Baptista de Palma
Fotos antigas de finais do século XIX.

1 - Foto do Convento de Santana.
2 - Vista panorâmica do convento e zona circundante.



















domingo, 23 de maio de 2021

 REGISTOS DO PASSADO

AS 2 PLACAS NA RUA DE SANTO ANTÓNIO A LEMBRAR A ERMIDA DE SANTO ANTÓNIO DO CARRASCAL.


(Estão colocadas no mesmo local).
SEGUNDO A TRADIÇÃO
AQUI ESTEVE SANTO ANTONIO
À SOMBRA DE UMA OLIVEIRA
PASSANDO DE LEIRIA PARA COIMBRA
EVOCACÃO NO OITAVO CENTENÁRIO DO. SEU NASCIMENTO 217-1-1996
C.M.L


Lenda contada po "Basilio Artur Pereira"

"Ermida de Santo António do Carrascal
Levantava-se esta Ermida no monte do Carrascal, ao lado do cemitério. Uma secular tradição dá-nos conta que o santo milagreiro, quando de Lisboa vinha a caminho de Coimbra, repousara naquele monte à sombra de uma oliveira e que o povo daquele lugar levantou essa ermida em lembrança do santo.

Diz-se que desceu ao povoado e foi banhar-se nas águas da Fonte Quente. Numa lápide que existia na Ermida lia-se:
"Glórioso Santo entraremos nesta vossa casa e admiraremos o lugar onde estiveram vossos pés. Lembramos que veneras Nossa Senhora da Encarnação".
A Ermida de Santo António do Carrascal foi profanada no tempo de D. Manuel de Aguiar. Um passado não muito longinquo, conservam-se ainda na capela-mor as quinas, aesfera armilar e a cruz de Cristo, 
caracteristicas do gótico manuelino, cujo arco da capela-mor,  ornamentado profusamente com parras e cachos de uva de excelente burilado.

Assim foi reconstruido e situado no coro da Igreja de Nossa Senhora da Pena no Castelo e ainda hoje se comenta o ter sido coocado naquele local, pois nada tem a ver com esta Igreja. No ano de 1942 já nada existia da Ermida de Santo António do Carrascal, tudo ficou reduzido a entulho.
Basílio Artur Pereira"

NOTA:
As placas encontram-se na Rua de Santo António, rua que liga a Rua Paulo VI, e tem sentido de transito descendente, até à Rua de S. Miguel, ladeia o cremetório e o cemitério e desce pronunciadamente até à Rua de Tomar em frente à Rua da ponte Hintze Ribeiro.
As placas estão colocadas num muro de serventia particular do lado esquerdo (no sentido do cemitério) uns 20/30 metros antes de chegar à Rua de S Miguel e para as visualizar tem de se passar a pé ou a velocidade reduzida.











segunda-feira, 10 de maio de 2021

 O DESAPARECIDO ARCO DA PRAÇA RODRIGUES LOBO.

Edificado no seculo XVI existiu neste local o palácio dos Marqueses de Vila Real, que possuiu um ponto de ligação entre o Rossio e a Praça de S. Martinho (Praça Rodrigues Lobo) através de um arco inferior.
O edifício dos Marqueses de Valadares foi demolido em 1888 e com ele o arco que ligava o extenso rocio de terra batida à Praça Rodrigues Lobo.
O edifício do palácio, foi substituído por dois edifícios distintos tendo o edifício da direita, sido consumido por um incêndio em 1914., tendo a sua reconstrução e restauração ficado a cargo de Ernesto Korrodi que deu origem ao belíssimo edifício que conhecemos.
A nova entrada na praça em espaço aberto , com ampla largura de via permitiu uma ligação da mesma à modernização progressiva da baixa leiriense que no inicio do século XX teve apreciável desenvolvimento urbano e tornou a Praça Rodrigues Lobo um lugar de centralidade e identidade da Leiria do século XX.
Foto 1 - Vista do rocio e do arco de acesso à praça.
Foto 2 - Vista do arco e do Paço dos Marqueses de Valadares a partir do interior da praça.
Foto 3 - Nova configuração dos acessos á praça com os 2 edifícios que lateralizaram a nova via.
Foto 4 - Vista da praça no inicio do século XX, com a configuração e edifícios que ainda se mantém na actualidade.






segunda-feira, 5 de abril de 2021

 O ANTIGO CONVENTO DE SANTANA (demolido em 1916)

Foi fundado em 1494 por D. Catarina, Condessa de Loulé, viúva de de um nobre morto na Batalha de Arzila em 1471.
O Convento de Santana estabeleceu-se em Leiria como comunidade de Dominicanas, na zona do antigo Rossio, junto ao Rio Lis.
A sua comunidade foi extinta em 1880, após a morte da última religiosa, Soror Joaquina do Rosário, e o seu edifício demolido em 1916. No local foi construído o actual Mercado de Santana em 1931.
A população conventual foi constituída por mulheres de origens nobres e burguesas locais e regionais que entraram no convento como religiosas ou como recolhidas.
A tutela da casa ficou a cargo de frades dominicanos do Mosteiro da Batalha e sobreviveu essencialmente de uma economia rentista, de doações, e, ainda da propriedade das religiosas e recolhidas. A casa terá vivido o seu auge entre o século XVII e início do século XVIII, entrando posteriormente em decadência.
O espólio arqueológico cerâmico recolhido aquando da intervenção arqueológica ocorrida entre 1999 e 2000 no Mercado de Santana, poderá ser um reflexo de toda esta realidade. Foi encontrado neste espólio uma colecção de faiança portuguesa, datada entre os séculos XVI e XVIII, de cerâmica fina decorada.
Texto com base em informação recolhida de
Convento de Santana de Leiria: história, vivências e cultura material
Autor: Ana Rita Trindade e Rodrigues Baptista de Palma
Fotos antigas de finais do século XIX.
1 - Foto do Convento de Santana.
2 - Vista panorâmica do convento e zona circundante.
3 - vista panorâmica onde aparece o edifício do Teatro Maria Pia.







domingo, 4 de abril de 2021

 O MERCADO DE SANTANA

A demolição do Convento de Sant’Ana ocorreu em 1916 mas o espaço libertado só foi urbanizado anos depois, provavelmente devido à influência económica negativa dos anos da 1ª grande guerra.
Em 1931, sobre parte do antigo convento, e sob projecto de Ernesto Korrodi, concluiu-se um novo e atraente Mercado Municipal, que contribuiu para a organização da oferta de bens alimentares num espaço permanente e com boas condições de higiene e salubridade.
Foram nele incluídos espaços adicionais para lojas fechadas, e o espaço passou a ser uma referência na dinâmica comercial e social da cidade.
Os trabalhos de urbanização da Avenida Combatentes da Grande Guerra, que completaria o enquadramento do novo mercado só foram iniciados em 1939 marcando a zona com uma avenida moderna e futurista que rasgou a cidade para o crescimento das décadas vindouras.
Foto 1 - Mercado de Santana no século XXI já na função de polo cultural e de memória e mas mantendo as lojas comerciais em funcionamento.
Foto 2 - Mercado de Santana na década de 1960.
Foto 3 - Interior do mercado em foto de 1937, com a organização de bancas de venda.





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