quinta-feira, 8 de abril de 2021

 RUAS DE LEIRIA E A PRESENÇA DO SEU CASTELO

Ruas do Centro histórico com vista de fundo em que aparece um recorte do castelo de Leiria.

Muitas ruas haverá em que se conseguirá esta junção panorâmica que é uma particularidade identificativa.
Rua Alfredo Keil.
Rua Pedro Álvares Cabral.
Rua Coronel Artur de Paiva.
Rua Sacadura Cabral.
Travessa da Tipografia.
Largo das Forças Armadas.










A IRONIA NOS ROMANCES DE EÇA DE QUEIRÓS

A hipocrisia continua tão presente na sociedade portuguesa como quando Eça a retratou nos seus livros.
As qualidades e os defeitos dos homens constituem um todo que corresponde à imperfeição do ser humano. Ora Eça deu, como nenhum outro, cor e vida a essa imperfeição sobretudo à conta da figura literária da ironia.
Mais do que ser “realista”, Eça era um grande ironista. Quer uma (a ironia), quer o outro (o realismo) assustam os hipócritas e tem a condescendência da sociedade.
No fundo, a estátua que o imortalizou em Lisboa “imortalizou” simultaneamente a vastíssima hipocrisia nacional que treme de medo “que se saiba” a verdade.
O incesto em “Os Maias” era patriótica e socialmente aborrecido por se saber que existia. Não era um mal em si, que é o que significa a metáfora literária de Eça.
Tal como não eram os amores do padre de Leiria, os do primo de Luísa ou a frequência de lupanares por políticos das Cortes e do governo de Sua Majestade.
Eça usava a vida privada das personagens para expor a hipocrisia nacional.
É isso o que aquela frase por baixo da estátua quer dizer :
“sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia".

Foto: Largo Barão de Quintela perto do largo de Camões, em Lisboa.



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