segunda-feira, 10 de maio de 2021

 O DESAPARECIDO ARCO DA PRAÇA RODRIGUES LOBO.

Edificado no seculo XVI existiu neste local o palácio dos Marqueses de Vila Real, que possuiu um ponto de ligação entre o Rossio e a Praça de S. Martinho (Praça Rodrigues Lobo) através de um arco inferior.
O edifício dos Marqueses de Valadares foi demolido em 1888 e com ele o arco que ligava o extenso rocio de terra batida à Praça Rodrigues Lobo.
O edifício do palácio, foi substituído por dois edifícios distintos tendo o edifício da direita, sido consumido por um incêndio em 1914., tendo a sua reconstrução e restauração ficado a cargo de Ernesto Korrodi que deu origem ao belíssimo edifício que conhecemos.
A nova entrada na praça em espaço aberto , com ampla largura de via permitiu uma ligação da mesma à modernização progressiva da baixa leiriense que no inicio do século XX teve apreciável desenvolvimento urbano e tornou a Praça Rodrigues Lobo um lugar de centralidade e identidade da Leiria do século XX.
Foto 1 - Vista do rocio e do arco de acesso à praça.
Foto 2 - Vista do arco e do Paço dos Marqueses de Valadares a partir do interior da praça.
Foto 3 - Nova configuração dos acessos á praça com os 2 edifícios que lateralizaram a nova via.
Foto 4 - Vista da praça no inicio do século XX, com a configuração e edifícios que ainda se mantém na actualidade.






 RUA TENENTE VALADIM

Vista da década de 1900/10 do antigo rocio em terra batida e da rua Tenente Valadim, que desde 1809 assumiu diversos nomes, desde logo e por deliberação dessa data, Rua de Santo Agostinho.
Em 1877 foi-lhe atribuído o nome de Rua do Lyceu, certamente para registar a construção do edifício do Liceu de Leiria.
Finalmente em 1890 foi-lhe atribuído o nome de Rua Tenente Valadim (um obscuro oficial que participou nas guerras de África e por lá faleceu) , nome que manteve até aos dias de hoje.
Na foto é bem visível a provisória ponte de madeira que atravessava o rio após a demolição da anterior ponte dos 3 arcos, e do lado direito, por ordem, a fonte das 3 bicas, mais os edifícios recuados, a rua Dr António da Costa Santos, um edifício quase em ruinas que terá sido uma estalagem, seguindo-se um prédio comprido com torre de distinção nobre denominado edifício do Dr João Carlos Verde de Oliveira (edifício antigo da família Oliveiras), que esteve umas dezenas de anos alugado à antiga Mocidade Portuguesa para salão de Jogos.
Em destaque ao cimo à direita, o edifício do Liceu de Leiria e mais longe são visíveis os cimos das torres da Igreja de Santo Agostinho.
Na margem esquerda do rio são visíveis edifícios que ainda hoje lá estão, a maioria fortemente degradados.
Alguém com a memória mais presente talvez possa aqui descrever os negócios a as pessoas que os mesmos albergaram.




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