quinta-feira, 4 de março de 2021

 A PRAÇA DESDE O SÉCULO XI - DA PRAÇA DE S. MARTINHO À PRAÇA RODRIGUES LOBO (1877)

No século XIII, a Praça Rodrigues Lobo, denominada deste modo a partir de 1877, tinha uma forma muito diferente da que conhecemos hoje em dia.
Na época, chamava-se Praça de São Martinho por nela se encontrar a Igreja de São Martinho, construída no séc. XII.
Em 1383, na Praça de São Martinho, entre a Rua Direita e a de São Francisco, existia o Moinho de Mancebia, que em 1400 foi transformado em Moinho de Azeite e que era propriedade do Rei. Perto deste moinho, encontravam-se os banhos públicos, situados no largo dos Banhos (freguesia de São Martinho) junto à judiaria e outros lagares de azeite.
A Casa da Câmara, a Cadeia, o Pelourinho e o Paço dos Tabeliães situavam-se frente à Igreja de São Martinho. O Rio Lis passava junto à Igreja de São Martinho, fazendo um ângulo reto para norte, mas tendo em conta as pressões por parte dos procuradores da cidade, foi realizado, entre 1699 e 1702, um desvio do leito do rio para evitar as cheias frequentes que decorriam na cidade e que devastavam as culturas e bens dos habitantes, e também comprometia a saúde pública.
O espaço frente à igreja, que em tempos teria sido uma necrópole, transformou-se num ponto central de comércio e, consequentemente, passou a atrair novos habitantes, em particular famílias nobres.
Com a criação do episcopado de Leiria, D. Frei Brás de Barros, primeiro bispo de Leiria acordou com a cidade uma troca de terrenos. A cidade cedeu os paços que serviam de Câmara, junto da Igreja de São Pedro, e a igreja cedeu parte do rossio e o assento da Igreja de São Martinho. A Igreja de São Martinho foi demolida para construir uma praça.
Deste modo, após 1546, com o surgimento desta nova Praça, o espaço urbano sofreu uma alteração, verificando-se um aumento da população nesta área, por ali se passaram a realizar as mais importantes transações comerciais.





















Fotos recentes em vista panorâmica

                          

O post deu origem a esta interessante troca de comentários.
Grato, muito grato
Guilherme F Onofre Silva

. Na direita está a mercearia do meu pai e em frente, o mini branco que foi o primeiro carro. Não me arranjas uma foto com mais qualidade?












Tu, Maria João Leitner Gaspar, Paulo Carvalho Santos e 20 outras pessoas



Comentários

  • Que boa recordação! O primeiro carro do avô foi um mini branco?!!
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    • Este foi o nosso primeiro carro, meu e da dona Ana Maria! CE-26-14. Olha que não sei mais nenhuma matrícula!
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    • Orlando
      , tem piada que o meu primeiro carro, um Anglia "fascinante", comprado ao meu tio Miguel, tb era CE. (25-52, se a memória me não falha).
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  • Estas fotos recolhem-se através da internet por terem sido publicadas s e os motores de busca levam-nos até elas. Tentarei encontrar mais alguma mas, com a coincidência do teu carro no local duvido, e mais qualidade em fotos dos anos 60 também não me … 
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  • Que bela memória Orlando! Muito interessante. Já agora este edifício é o mercado de Leiria, certo?
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    • É pois. Agora é um Centro Cultural. Não sendo um saudosista, estas fotos fazem-me lembrar os meus pais, gente que ainda hoje venero, e a quem devo tudo
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    • Sempre é bom recordar. Saudosismo é outra coisa, é querer não ter saído do sítio. O mundo avança e os registos nunca se deitam fora. Abraço
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  • O mini estacionado em frente foi o primeiro carro meu e da Ana da Maria. Serviu-nos na lua de mel - que foi mesmo de mel..... e não só. Ainda hoje me espanto como que nós os dois dentro de uma viatura tão pequena, éramos capazes.....Cala-te, Orlando!😂😂
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  • Como eu me lembro de ir à mercearia do teu pai. Lembro me como se hoje fosse. Por alí perto a relojoaria do meu tio-avô Herculano de seu nome e onde passava os meus tempos livres a ver reparar relógios. Quando não estava no Colonial a jogar bilhar.
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    • Gustavo
      , nós a jogar bilhar no Colonial!?! Não pode ser. Só me lembro de lá estudarmos afincadamente.
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    • Gustavo Morais
       , lembro-me bem do Sr. Herculano da relojoaria. E de o ver consertar relógios. Ia com a minha Mãe que levava lá os relógios de nossa casa. E foi lá que me compraram o meu primeiro relógio.
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    • Fernanda Sal
       nós éramos visita da casa. A imagem dele ainda circula pelas minhas memórias até porque era muito parecido com o irmão, meu avô. Tinham um filho...
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    • Fernanda Sal
       Herculano dos Santos. O irmão e meu avô era Joaquim dos Santos.
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  • Será a mercearia de Francisco Ferreira de Barros, sobrinho de Francisco Pereira de Barros e naturais de perto de Obidos ?
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