A TRAVESSA DA TIPOGRAFIA NO TEMPO DE EÇA DE QUEIROZ
A típica rua da urbe medieval medieval foi residência de Eça de Queirós entre 1870 e 1871, que nela se alojou durante o tempo que permaneceu na cidade num prédio na Travessa da Tipografia, nos nºs 9, 11 e 13.
Os ambientes, as ruas e as casas de Leiria converteram-se no palco de acontecimentos do romance “O crime do padre Amaro”: Essa obra apesar de ficcional tem no seu enredo a descrição da Leiria oitocentista. pelo que é um documento interessante para o conhecimento da história da Leiria urbana do século XIX.
“Em redor da Praça as casas estavam já adormecidas: das lojas debaixo da Arcada saía a luz triste dos candeeiros de petróleo, entreviam-se dentro figuras sonolentas, caturrando em cavaqueira, ao balcão. As ruas que vinham dar à Praça, tortuosas, tenebrosas, com um lampião mortiço, pareciam desabitadas. E no silêncio o sino da Sé dava vagarosamente o toque das almas”