quinta-feira, 1 de abril de 2021

 A TRAVESSA DA TIPOGRAFIA NO TEMPO DE EÇA DE QUEIROZ

A típica rua da urbe medieval medieval foi residência de Eça de Queirós entre 1870 e 1871, que nela se alojou durante o tempo que permaneceu na cidade num prédio na Travessa da Tipografia, nos nºs 9, 11 e 13.
Os ambientes, as ruas e as casas de Leiria converteram-se no palco de acontecimentos do romance “O crime do padre Amaro”: Essa obra apesar de ficcional tem no seu enredo a descrição da Leiria oitocentista. pelo que é um documento interessante para o conhecimento da história da Leiria urbana do século XIX.
“Em redor da Praça as casas estavam já adormecidas: das lojas debaixo da Arcada saía a luz triste dos candeeiros de petróleo, entreviam-se dentro figuras sonolentas, caturrando em cavaqueira, ao balcão. As ruas que vinham dar à Praça, tortuosas, tenebrosas, com um lampião mortiço, pareciam desabitadas. E no silêncio o sino da Sé dava vagarosamente o toque das almas”
As citações são da obra "O crime do Padre Amaro" de Eça de Queiroz.







 ANTIGA VÁRZEA DO ARRABALDE DE AQUÉM E BAIRRO

Em vista de fundo o casario do arrabalde de aquém que rodeia a escola primária e que terá sido o local onde se implantou o antigo bairro de S Tiago a partir do século XIII. Ainda hoje existe o caminho e a muralha que sobe em diagonal até à porta norte, que dá acesso à zona do largo de S Pedro e ao castelo.

Nesta foto de meados do seculo XX em vista principal os terrenos de cultivo de uma quinta que se iniciava neste muro à direita e bordejando o rio e a estrada, terminava bem perto do convento e igreja de S Francisco onde desde 1920 laborou a Companhia Leiriense de Moagem.
Na década de 1970 com a construção do mercado, todos estes terrenos foram convertidos em zona urbana e dele fazem parte o mercado municipal e anexos, o parque de estacionamento junto ao rio, o edifício do Maringá e o seu centro comercial, o antigo edifício do Hotel D João III e a sua área comercial.



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