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domingo, 22 de agosto de 2021

"O LIS E O LENA" GRUPO ESCULTÓRIO DA FONTE LUMINOSA

Grupo escultórico em bronze de arte contemporânea. obra de Lagoa Henriques e integrado na Fonte Luminosa animada de jactos de água e cascata.

A obra faz alusão aos dois rios (Lena e Lis) ligados à cidade, sendo o Lena um afluente do Lis que nasce na Serra Daire e encontra o Lis na cidade de Leiria, enquanto o Lis nasce no lugar de Fontes, na freguesia de Cortes e percorre os baixios dos campos (do Lis) até desaguar na praia da Vieira.

Sobressai o centro da cascata numa alusão aos rios apresentando uma base que faz lembrar os seixos do leitos dum rio, um emaranhado de árvores de troncos robustos, três figuras humanas, sendo de um lado uma “mulher” sentada sobre o tronco de uma das árvores, no outro um casal de pé, de mãos dadas, podendo interpretar-se como uma comemoração do ambiente campestre e bucólico dos seus percursos e a alegria do seu encontro e casamento um pouco "mais abaixo" de Leiria.

Esta obra foi promovida pela Câmara Municipal de Leiria vindo a ser inaugurada em 22 de Maio de 1973 no âmbito das comemorações da elevação de Leiria a cidade.

Anexo o conhecido poema e algumas imagens públicas do conjunto para realçar a sua beleza e importância.













sábado, 12 de junho de 2021

 A FONTE LUMINOSA NA PRAÇA GOA, DAMÃO E DIU

A 22 de Maio de 1973, em dia da cidade, foi inaugurada a fonte luminosa pela altas individualidades municipais.
A fonte foi considerada, na época, uma obra modernista e inovadora e pela conjugação harmoniosa num equipamento público, do lazer, da tradição e da arte.
Além disso era dotada de jogos de jactos de água e de luz colorida, que criavam um espetáculo visual muito apreciado.
No tanque inicial ressalta um conjunto escultórico da autoria do Mestre escultor Lagoa Henriques, alusivo à lenda do Lis e do Lena que nos releva para a fertilidade das terras Leirienses, ambiente bucólico dos arvoredos que ladeiam as margens e que finaliza com o "casamento" dos 2 para seguirem num só rio.
O jogo de luzes e de água é hoje bem diferente do inicial assim como a zona envolvente , como atestam as imagens.
Foto 1 - Inauguração da fonte luminosa em 1973.
Foto 2 - A fonte após a sua inauguração ainda nos anos 70.
Foto 3 - A fonte no sáculo XXI.





quinta-feira, 27 de maio de 2021

 O EDIFÍCIO DO ANTIGO LICEU DE LEIRIA NO LARGO DE CAMÕES.

Em 1894 foi construído o edifício onde se instalou o Liceu de Leiria o qual foi nomeado de Liceu Rodrigues Lobo em 1912.
Situado a meio da Rua Tenente Valadim no sentido do largo da Igreja e convento de Santo Agostinho, foi uma medida para reforçar esse eixo urbano de ligação do centro da cidade à zona da Igreja de Santo Agostinho, e contribuindo para que Leiria se afirmasse como um polo de atração regional de estudantes.
A partir de meados do século XX o edifício passou a ser um polo de Liceu Nacional de Leiria, mais tarde albergou o ensino básico e desde 2018 acolhe as instalações da Procuradoria do Ministério Público.
A 1ª foto do início do século XX mostra o edifício em fundo, com a rua da ponte Hintze Ribeiro em 1º plano.
As fotos intermédias mostram 2 fases do edifício em tempos diferentes e a 4ª foto com o edifício na actual função ligada aos serviços judiciais.








domingo, 16 de maio de 2021

 ARCOS ANTIGOS DA LEIRIA HISTÓRICA (3)

ARCO DA TORRE SINEIRA/ ANTIGA PORTA DO SOL

Torre Sineira da Sé, em estilo barroco, ergue-se sobre uma das antigas torres medievais da Porta do Sol.
Por volta de 1546, procedeu-se ao seu alargamento e reforma, e aproveitou-se a porta do castelo para instalar a casa do sineiro em piso superior ao arco da antiga porta do sol.
Esta porta era uma fronteira que separava a área muralhada e protegida do Castelo da área urbana que descia até à várzea.

Foto 1 - Arco visto de fora do Largo D Manuel de Arriaga para o Largo de S Pedro.
Foto 2 - Arco visto de dentro do Largo de S Pedro.
Foto 3 - Porta e arco visto do cimo do Largo de S Pedro.





sexta-feira, 7 de maio de 2021

 O COLÉGIO CORREIA MATEUS

O edifício
Este prédio, edificado no século XVIII, de influência pombalina, que tinha sido adquirido, no início do século XX, pelo arquitecto Ernesto Korrodi, foi em 1910 comprado pelo Dr. Correia Mateus. Algum tempo depois do encerramento do colégio, o edifício foi vendido para ter funções comerciais e de habitação, sendo classificado como imóvel de interesse público.
O Colégio
Após o falecimento de João António Correia Mateus os seus bens foram utilizados por sua sobrinha e afilhada, Beatriz Franco Machado, na fundação do Colégio Dr. Correia Mateus, que sempre funcionou no mesmo edifício da rua de Alcobaça, em Leiria até ao seu encerramento em 1967.
O Colégio Dr. Corrreia Mateus deu, durante várias décadas, um grande contributo para o desenvolvimento intelectual da região, tanto mais que, durante muitos anos, foi o único estabelecimento de ensino do distrito com Curso Complementar Liceal.
Deve salientar-se que o prestígio do colégio, bem como o seu desenvolvimento, se devem a Beatriz Machado, responsável pela direcção do estabelecimento escolar.
Manuela Machado Sá Marques., após a licenciatura em Filologia Germânica, dedicou-se ao Colégio Dr. Correia Mateus desde 1941 a 1967. A ida para Leiria, para junto de sua tia Beatriz, foi muito motivada pelo desejo de Bernardino Machado (1) , já regressado do exílio, de que sua neta acompanhasse a filha Beatriz.
Após o falecimento de Beatriz Machado e a extinção do Colégio Dr. Correia Mateus, o seu espólio foi doado ao Arquivo Municipal de Leiria.
(1) Bernardino Luís Machado Guimarães nasceu no Rio de Janeiro, no Império do Brasil, no dia 28 de Março de 1851, tratando-se do único Presidente da República Portuguesa que nasceu fora do território nacional
Fontes: Wikipédia; Blog: Bernardino Machado; Outros.






segunda-feira, 19 de abril de 2021

 

IGREJA E LARGO DE S. PEDRO

 A igreja de S. Pedro  foi a segunda a ser construída em Leiria datando provavelmente do final do século XII.

Depois da Igreja da Pena, (erigida no reinado de D. Afonso Henriques e reconstruída no século XIV), S. Pedro serviu de Sé até 1574, data em que o cabido se mudou para a nova catedral.

Após essa data serviu de igreja paroquial e passou por algumas reformas nos séculos XVII e XVII.

À medida que a sua área paroquial foi restringida, também seria progressivamente esquecida e desativada e no século XIX chegou a ser usado como teatro, celeiro e até prisão.

Em 1910 foi designada Monumento Nacional e em 1933 restaurada.

 De estilo românico, foi construída em calcário e alvenaria entre os séculos XII e XIII e é a única das igrejas românicas de Leiria que ainda existe. Apesar de algumas alterações e do desgaste que sofreu com o tempo, a igreja ainda possui a fachada e a abside românicos originais.

Foto 1 - Interior da igreja.

Foto 2 - Vista da entrada da igreja.

Foto 3 - Largo de S. Pedro e vista da Torre sineira.






segunda-feira, 12 de abril de 2021

 TIPOGRAFIA, E MOINHO DO PAPEL (SÉCULO XV)

Em 1411, D. João I concedia a Gonçalo Lourenço de Gomilde, seu escrivão da puridade, alvará para instalar junto à ponte dos Caniços (a ponte mais antiga de Leiria e já assim designada nesta altura) um moinho para, entre outros ofícios, fabricar papel.
Dada a precedência de Leiria na instalação de uma fábrica de papel, diversos historiadores crêem que Leiria terá tido também a primazia tipográfica do Reino (e possivelmente da Península Ibérica) c. 1464-1465. Esta hipótese é rejeitada por outros historiadores devido à falta de provas nesse sentido (nomeadamente livros impressos nesta época que o atestem).
No entanto, e sem dúvida, data dos fins do século XV o estabelecimento da imprensa hebraica em Leiria, na sua Judiaria, junto da atual igreja da Misericórdia, então Sinagoga, propriedade do judeu Samuel Ortas e seus três filhos.
Imagens com o azulejo colocado nas traseiras da Igreja da Misericórdia (hoje dessacralizada e denominada Centro de diálogo Intercultural) na Travessa da Tipografia.




 

LEIRIA E O SEU MOINHO DO PAPEL (1411)

Ao longo da Idade Média, Leiria possuiu vários moinhos em seus arredores dedicados à moagem de cereais os quais tiveram significado para a economia da cidade.

O moinho dedicado à manufatura de papel foi instalado em Leiria a partir de 1411, de acordo com uma Carta Régia de D. João I na qual ele permitia a D. Gonçalo Lourenço de Gomide, escrivão do rei, que 

"… em dois assentamentos velhos que em outro tempo foram moinhos que estão no termo e na ribeira da nossa vila de Leiria … junto à ponte dos caniços…" se instalassem "…engenhos de fazer ferro, serrar madeira, pisar burel e fazer papel ou outras coisas que se façam com o artifício da água… contando que não sejam moinhos de pão".

É o primeiro moinho de papel conhecido em Portugal e a primeira fábrica da cidade, no qual se fabricaram as primeiras folhas a base de celulose. A existência de um moinho de papel na cidade terá influenciado o fato de Leiria ter sido uma das primeiras cidades portuguesas a ter uma tipografia, da qual sairia em 1496 um dos primeiros livros impressos do país, o Almanach perpetuum, do erudito hebraico Abraão Zacuto.

Estudos recentes apontam que o moinho de papel foi construído sobre uma estrutura preexistente, possivelmente do século XIII, primeiramente dedicado à moagem de cereais Ao longo do século XX o moinho retornou à moagem de cereais.

O Museu e as suas actividades.

Já no século XXI espaço sofreu obras de requalificação e em 2009 foi inaugurado um espaço museológico dedicado às atividades aí realizadas (produção de papel, farinha e azeite), O centro dedica-se principalmente à realização de ateliers dirigidos a idosos, crianças e grupos escolares.


A antiga tecnologia do fabrico do papel


Texto compilado e resumido de fontes da internet.

Algumas fotos foram gentilmente cedidas pelo amigo Fernando Santos. 


Foto 1 - A força da água em corrente  orientada como força motriz

Foto 2 - A roda movida pela corrente de agua que faz mover as mós

Foto 3 - No interior as mós para triturar os resíduos do algodão 

Foto 4 - A cesta com os resíduos do algodão.

Foto 5 - Os moldes e os crivos para fazer as folhas de papel em cima do recipiente de madeira contendo a pasta aguada das fibras do algodão.

Foto 6 - O crivo é mergulhado na tina e fixa uma camada da mistura de água com a pasta do  algodão.

Foto 7 - Prensas para endireitar a película de papel.

Foto 8 - A película dos crivos é depositada em panos e posteriormente expostos ao ar para secagem.

Foto 9 - As folhas do papel 





















 
































 

sexta-feira, 2 de abril de 2021

 HOSPITAL MANUEL DE AGUIAR NO TEMPO

Duas imagens do Hospital D Manuel de Aguiar, de enquadramento semelhante mas com 50/60 anos de diferença.

A 1ª foto dos finais do século XIX além do edifício do hospital mostra o Posto de desinfecção e a ponte dos 3 arcos, que atravessava o rio e terminava em frente da Fonte das 3 bicas.
A 2ª foto além do hospital, mostra o edifício da A.N.T. (Assistência Nacional aos Tuberculosos) e restos de materiais provenientes da demolição da ponte, e que curiosamente ainda lá se encontram nos dias de hoje.




sábado, 27 de março de 2021

 A BIBLIOTECA DA PARQUE INFANTIL AFONSO LOPES VIEIRA E ESCULTURAS DE BRONZE ALUSIVAS AOS "ANIMAIS NOSSOS AMIGOS"

Dando seguimento ao meu post anterior sobre o poeta e escritos Afonso Lopes Vieira relato um assunto que muitos não conhecerão.
Em 1949, foi apresentado um projeto para um Jardim Infantil, com uma pequena Biblioteca das obras infantis de Lopes Vieira, ajardinado exteriormente com as figuras do livro de 1911, "Animais Nossos Amigos" esculpidas em pedra, fundidas em bronze e desenhadas em painéis de azulejo por Anjos Teixeira Filho.
O projeto efetivou-se e, a 30 de abril de 1955, no parque infantil da cidade que também se chamou de Afonso Lopes Vieira , situado no Parque da cidade, Nesse mesmo dia inaugurou-se a Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira, e fez-se uma festa dedicada às crianças no Jardim Infantil Afonso Lopes Vieira, tendo estado presentes o Arquiteto Raul Lino e o Mestre Anjos Teixeira."
Esse conjunto da casa e biblioteca foi eliminado numa das remodelações "modernista" efectuadas ao parque infantil onde já nem o nome de Afonso Lopes Vieira aparece visível, mas isso serão contas para outros rosários e outros locais.

Foto 1 - Foto parcial da casa biblioteca Afonso Lopes Vieira.
Foto 2 - Projecto apresentado.
Foto 3 - Vista panorâmica recente do jardim infantil no Parque hoje mais conhecido por parque do avião.






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