TIPOGRAFIA, E MOINHO DO PAPEL (SÉCULO XV)
Em 1411, D. João I concedia a Gonçalo Lourenço de Gomilde, seu escrivão da puridade, alvará para instalar junto à ponte dos Caniços (a ponte mais antiga de Leiria e já assim designada nesta altura) um moinho para, entre outros ofícios, fabricar papel.
Dada a precedência de Leiria na instalação de uma fábrica de papel, diversos historiadores crêem que Leiria terá tido também a primazia tipográfica do Reino (e possivelmente da Península Ibérica) c. 1464-1465. Esta hipótese é rejeitada por outros historiadores devido à falta de provas nesse sentido (nomeadamente livros impressos nesta época que o atestem).
No entanto, e sem dúvida, data dos fins do século XV o estabelecimento da imprensa hebraica em Leiria, na sua Judiaria, junto da atual igreja da Misericórdia, então Sinagoga, propriedade do judeu Samuel Ortas e seus três filhos.